quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Análise Sensorial da Cachaça


Continuando a série de vídeos do Clube do Alambique, apresentamos desta vez nossas dicas para a análise sensorial da cachaça.

No novo vídeo, Ariana Gomes de Souza ensina como fazer a análise e escolher uma boa caninha. Por se tratar de uma bebida complexa, visão, olfato e paladar devem ser utilizados na apreciação do destilado 100% brasileiro!

Quer mais? Separamos algumas outras dicas para levar em conta na hora de comprar e avaliar sua caninha. Sempre lembrando que degustar não é se embebedar! É apreciar o prazer que a bebida proporciona e aguçar os nossos diferentes sentidos. Boa degustação!





Aparência 

A análise sensorial de uma cachaça começa na prateleira do supermercado. O consumidor, não conhecendo ainda os atributos de aroma, sua opção inicial baseia-se na aparência do produto, tais como: embalagem, formato, rótulo e contra-rótulo, fechamento e conteúdo do rótulo. Nesta observação é fundamental que a garrafa seja transparente, para verificar se a cachaça tem a aparência limpa, brilhante e translúcida

Oleosidade 

Virando e girando o copo, de modo a levar a cachaça até as suas bordas, deve-se constatar uma película oleosa em torno das paredes internas, que escorre formando ondulações. O tempo de persistência maior dessas ondulações é indicação de qualidade. Cachaças que não apresentam “oleosidade” escorrem rapidamente nas paredes do copo, semelhante à água. 

Cor da Cachaça 

Um aspecto importante é a cor. A cachaça branca dever ser transparente e brilhante; as turvas denotam defeitos de fabricação e qualidade inferior. Quando envelhecida em tonéis de madeira, a bebida adquire a cor amarelada ou rosada. As colorações amarronzadas e avermelhadas fogem do padrão tradicional do produto. 

Aroma 

O aroma pode conter três componentes: o primário é proveniente da cana-de-açúcar; o secundário é associado ao processo fermentativo e o terciário é desenvolvido por meio do envelhecimento ou armazenamento

Há quem diferencie os diferentes tipos de aroma em outras categorias, como alcoólico, frutal, ácido, adocicado e estranho:

a) Frutal: indica a presença de ésteres;

b) Alcoólico: não deve ser acentuado, de maneira a permitir a percepção dos demais aromas; 
c) Ácido (azedo): deve ser discreto; quando acentuado indica qualidade inferior; 
d) Adocicado: da mesma forma que o alcoólico e ácido, este aroma também não deve se destacar;
e) Estranho: os aromas estranhos, tais como: cheiro de madeira, ovo podre, couro, etc, alertam para a presença de substâncias indesejáveis no produto. 

A cachaça de qualidade tem aroma agradável, que envolve os aspectos frutado, alcoólico, ácido e adocicado de maneira equilibrada. A pungência ou ardência verificada na inalação não dever ser acentuada de maneira a irritar a mucosa nasal.


Paladar 
Para análise das características gustativas, coloca-se um gole na boca e com ele realiza-se movimentos para senti-la em todas as partes da língua e bochecha

Na ponta da língua identifica-se o paladar adocicado; nas laterais, a sensação de acidez e, em sua base, próximo à garganta, o amargo e, finalmente, na sua parte central, região táctil, as sensações de calor ou frescor.

Tanto em aroma quanto em paladar, o atributo frutal ou frutado é o mais adequado.

A cachaça ao ser ingerida deve “descer bem”, de modo suave, sem queimar, deixando uma sensação positiva de energia e calor.

Neste caso, recebe os atributos de redonda, macia, suave e lisa.


Fontes: Amigos da Cachaça e “Cachaça artesanal – do alambique à mesa”, de Atenéia Feijó e Engels Maciel


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Clube do Alambique organiza Confraria de Cachaça de Americana


 Evento promete reunir especialistas e entusiastas da bebida nacional 

Com o tema “Será a cachaça a bebida do planeta?”, o Clube do Alambique, em parceria com o Boteco Zara, organiza a Confraria de Cachaça de Americana, que acontecerá na próxima terça-feira, 26 de fevereiro.
“Nosso propósito é mostrar que a cachaça combina com diferentes tipos de ambientes e pratos da culinária mundial, disseminando a cultura e a apreciação de nossa bebida”, conta a proprietária do Clube do Alambique, Ariana Gomes de Souza.
Além de apresentar o universo do destilado aos diversos tipos de público, a confraria contará com informações sobre a história e as características da bebida, como a harmonização com diferentes pratos e seu uso na culinária e em drinques.
Segundo Ariana Gomes, ainda falta o brasileiro reconhecer a qualidade da bebida nacional. “O mundo inteiro já descobriu o valor da cachaça, usando-a em coquetéis e na gastronomia, muito além da caipirinha”, conclui.
A Confraria de Cachaça de Americana acontecerá na próxima terça-feira, 26 de fevereiro, às 20h, no Boteco Zara.

Sobre o Clube do Alambique
A história da empresa tem origem nos anseios do senhor Adelmo Francisco Silva, homem simples e empreendedor, que transformou as terras de sua família numa propriedade fértil, gerando retorno e sustento.
Sua neta Ariana acompanhou as pesquisas, viagens e projetos que originou o seu último empreendimento, iniciado em 2006, com a plantação do canavial e a construção de um alambique de excelência. Em 2008, produziu a primeira safra de uma bebida típica brasileira, reconhecida e apreciada internacionalmente: a cachaça.
Em 2009, com a partida prematura do patriarca, a neta abraçou o sonho do avô, fez o curso de mestre alambiqueiro e iniciou sua caminhada no mundo da cultura da cachaça.
Ariana uniu-se à irmã Anita Flávia e fundou o Clube do Alambique, com o propósito de disseminar a cultura da apreciação do destilado, promover o encontro de produtores, especialistas e apreciadores da bebida brasileira e oferecer safras com alta qualidade, selecionadas em todo o Brasil.
Com o objetivo de comercializar as cachaças selecionadas pelo Clube do Alambique, as irmãs fundaram, em 23 de julho de 2010, a empresa Três Paixões do Brasil, selando no nome as três grandes paixões que o querido avô Adelmo cultivou: VIDA, FAMÍLIA e AMIGOS!

Serviço
Confraria de Cachaça de Americana
Data: terça-feira, 26 de fevereiro, às 20h
Local: Rua Riachuelo, 508 – Santa Catarina – Americana (SP)
Telefone: (19) 3604-9315 / (19) 9707-5866

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Receita: Bolinho de Feijoada

Nossa receita de hoje reúne várias paixões tradicionais do brasileiro de uma forma diferenciada.

Quer mais brasilidade do que cachaça e feijoada? Que tal unir os dois e transformar em um petisco de boteco? Pois é com essa inspiração que resgatamos a receita da renomada chef Bia Goll para os amigos do Mapa da Cachaça. 

Agora é sua vez: faça, delicie-se e compartilhe sua experiência conosco!


INGREDIENTES 

300ml de cachaça branca (sem passar por madeira) 
1 litros de caldo natural de legumes 
3 folhas de louro 
1 colher de sobremesa de flor de sal 
300g de feijão preto 
1 maços de couve orgânica cortadas bem fininha 
4 dentes de alho 
2 cebolas médias 
4 tomates 
Uma pitada de cominho, pimenta do reino moída na hora, canela e cravo 
500g de farinha de mandioca 


INSTRUÇÕES DE PREPARO

Puxe a couve com pouco óleo e sal, até ela murchar e ficar verde escuro. Reserve.

Cozinhe na pressão por 1 hora o feijão com a cachaça, o caldo de legumes, os temperos, flor de sal, 8 dentes alho amassados, 4 cebolas picadas em cubos e os tomates em cubos.

Todos os ingredientes devem estar bem cozidos , se necessário acrescente mais água e deixe mais 1 hora na pressão. O objetivo é dissolver a maioria dos insumos e o caldo ficar bem grosso, somente o feijão deve ficar inteiro.

Bata a metade desse cozido no liquidificador, volte para a panela e misture com a outra metade não liquidificada.

Numa panela bem grande, coloque aos poucos o feijão cozido quente e a farinha de mandioca, vá misturando com uma colher de pau para fazer um pirão, experimente e ajuste o sal e pimenta do reino moída na hora.

Reserve quando estiver firme.

Assim que esfriar, faça bolinhas recheadas com a couve. Se necessário, acrescente farinha de mandioca para ficar bem compacto.

Frite e delicie-se!

Fonte: Mapa da Cachaça

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Receita para a Quaresma: Tucunaré assado com cachaça

Terminada a folia, é tempo de Quaresma. E é nessa época em que se aumenta o consumo de peixes e demais carnes brancas.


Para você que faz questão da carne branca durante esse período, mas não abre mão da branquinha, selecionamos uma receita especialTucunaré assado com cachaça

Fácil, prática e deliciosa é um boa pedida para a QuaresmaFaça, experimente e compartilhe conosco. 








INGREDIENTES:

1 tucunaré médio
1/3 de litro de cachaça
2 tomates
Salsinha e cebolinha
1 pimentão verde
15 azeitonas
1/2 vidro de palmito
1 cebola média
1 pote de requeijão
1/2 limão
Sal
Pimenta do reino
2 dentes de alho
Papel alumínio


MODO DE PREPARO:

Deixe por 2 horas o tucunaré de molho na cachaça.


Depois lave bem, tempere com o suco de 1/2 limão, o alho socadinho, o sal e a pimenta do reino a gosto. Reserve.

Faça um vinagrete, corte bem picadinho a cebola, a pimentão, as azeitonas, a cebolinha, a salsinha, os tomates e o palmito. Misture bem estes ingredientes e tempere com sal e pimenta do reino. Reserve

Cubra uma forma com papel alumínio.

Leve o tucunaré ao forno (espalmado) até que doure

Retire do forno e cubra com o vinagrete.

Volte ao forno por mais 15 minutos.

Passados os 15 minutos, coloque o requeijão sobre o vinagrete.

Volte ao forno somente para aquecê-lo.

Fonte: Tudo Gostoso

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Cachaça, pinga e aguardente: sobre as diferenças


Cachaça, pinga e aguardente. Se você é chegado na bebida, essas palavras certamente fazem parte do seu vocabulário. Mas afinal, é tudo mesma coisa?

A resposta é não. A diferença não está somente na nomenclatura que elas trazem. Muitas vezes, a aguardente de cana-de-açúcar é chamada de cachaça de forma errada. O que diferencia as duas bebidas é a graduação alcoólica, definida na hora da destilação.

A cachaça é o destilado feito do caldo da cana com graduação alcoólica entre 38 e 48%. Já aguardente é a denominação dada às bebidas alcoólicas obtidas pela fermentação e posterior destilação. A matéria-prima pode ser frutas como laranja, banana, caju e outras; cereais como a cevada e o milho; tubérculos como beterraba, mandioca e batata, além de outros. Alguns exemplos são vodca, rum, gim e cachaça.

Aguardente é o destilado feito da fermentação do suco de caldo de cana de açúcar, com graduação alcoólica entre 38 e 54%”, explica o grande cachacista Jairo Martins da Silva. Sendo assim, toda cachaça é uma aguardente de cana, mas nem toda aguardente de cana é cachaça.

O autor do livro Cachaça: o mais brasileiro dos prazeres continua. “Quando se adiciona açúcar acima de 6 g/litro, a aguardente não pode ser mais chamada de cachaça e adota o nome de 'aguardente de cana adoçada'”, conclui.

cachaça e pinga são a mesma coisa. Pinga é o nome “vulgar” da cachaça.

Mais: cachaça é o nome dado ao nosso destilado da cana-de-açúcar. Somente as bebidas produzidas no Brasil podem levar essa nomenclatura.

Quer aprender um pouco mais sobre a nomenclatura? Confira o vídeo produzido pelo Mapa da Cachaça com Leandro Batista, Sommelier de Cachaça do Restaurante Mocotó.




terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Receita: Arroz embriagado na cachaça

A criadora de nossa receita de hoje conta que “na cozinha, não há certo ou errado”. A chef Janaina Rueda, grande entusiasta da cachaça, diz que o jeito é escolher uma boa caninha e ir testando seus diferentes usos na culinária. 

Por sua versatilidade e diversidade, a branquinha – pode ser amarelinha também – pode ser usada para flambar, marinar, cozinhar, temperar e muito e mais. O certo é soltar a criatividade e experimentar. 

Na hora de inovar e ousar na cozinha, não pense duas vezes: vá de cachaça!



Arroz embriagado na cachaça

Ingredientes
1/2 kg de arroz ou de miniarroz do vale do Paraíba 
50 ml de cachaça 
200 g de cebola picada 
50 g de alho picado 
1/2 kg de músculo cozido na panela de pressão 
200 ml do caldo do cozimento do músculo 
1/2 abóbora cortada em cubos 
100 g de folhas de couve rasgadas à mão 
1 talo de salsão limpo , 1 cenoura grande 
Pimenta-biquinho para decorar 
Azeite, sal e pimenta-do-reino a gosto 


Modo de preparo

Em uma panela, coloque o azeite e refogue parte da cebola e do alho. Acrescente o arroz e o cozinhe por 13 minutos. Reserve. Coloque o músculo na panela de pressão e tempere-o com sal, dourando-o bem. Adicione o restante da cebola e do alho e refogue. Acrescente 600 ml de água, feche a panela e deixe cozinhar por 25 minutos com a cenoura e o talo de salsão. Retire o caldo e reserve. Na sequência, desfie o músculo. À parte, corte a abóbora em cubos iguais de 1 cm. Cozinhe-os em água por cinco minutos ou até que fiquem ‘al dente’. Refogue a couve por um minuto com um dente de alho amassado e um fio de azeite. Para finalizar, em uma frigideira grande, derrame um pouco de azeite, o músculo e a cachaça. Flambe para evaporar o álcool. Depois, junte o caldo do cozimento do músculo, o arroz e mexa bem. Em seguida, adicione os cubos de abóbora e a couve rasgada. Decore com pimentas-biquinho e sirva.

Fonte: Valeparaibano