quinta-feira, 28 de março de 2013

Receita: Bacalhau Brasileiro

Encerrando nossa série de dicas para você ousar nesta Semana Santa combinando diferentes tipos de peixe com cachaça, trazemos uma receita especial: Bacalhau Brasileiro. 

O nome do prato não é por acaso, ele é inspirada na bandeira, cores, texturas e sabores de nosso país. O resultado foi uma receita Campeã Brasileira e Vice Sul Americana no concurso Les Chefs Sofitel/07. 

O bacalhau flambado na cachaça, guarnecido com purê de açafrão e leite de coco, couve e azeite aromatizado é uma criação da chef Rosilene Campolina. 

Experimente e compartilhe conosco!



Ingredientes para o Bacalhau: 
- 1 kg de bacalhau em postas dessalgado e sem pele 
- 2 litros de leite para aferventar o bacalhau e as batatas (reserve 250 ml) 
- 1 colher (sopa) de manteiga 
- 1 cebola pequena 
- 2 dentes de alho 
- 1 xícara de azeite 
- 1 colher de manteiga 
- 1 colher (sopa) de alho triturado 
- 100 ml de cachaça 
- Salsinha desidratada o quanto baste 
- Sal e pimenta do reino a gosto 
- 6 folhas de couve manteiga finamente picadas para finalizar o prato 
-Cebolinha francesa (ciboulletes) para ornamentar. 


Para o Purê de Batatas: 

- 6 batatas inglesas médias descascadas 
- 200 ml de leite de coco 
- 2 colheres (sopa) de manteiga 
- 1 colher (café) de açafrão em pó 
- 6 dentes de alho cortados em lâminas bem finas 
- quanto baste de noz-moscada ralada na hora 
- quanto baste sal e pimenta do reino branca 
- salsinha desidratada e ciboulette fresca para decorar. 


Para o Azeite de Salsinha: 
- 1 maço de salsinha desfolhado 
- 2 dentes de alho 
- 1 xícara de azeite 


Modo de Preparo: 
Coloque o bouquet garni numa panela grande, afervente as postas de bacalhau no leite com o bouquet garni, a cebola e os dois dentes de alho por alguns minutos. Quando o bacalhau abrir em lascas, retire as postas delicadamente com uma escumadeira. Reserve quente. 
Na mesma panela com o leite, cozinhe as batatas. Enquanto isso desfaça as postas de bacalhau em “pétalas”. Saltei-as no azeite com a manteiga e o alho. Flambe carinhosamente com a cachaça. Acerte os temperos e mantenha aquecido. Se necessário pingue um pouco do leite do cozimento para hidratar o bacalhau, enquanto finaliza a preparação. 

As batatas depois de cozidas devem ser reduzidas a purê. Numa frigideira fundo grossa, coloque o azeite e frite as lâminas de alho, sem deixar escurecer. Escorra em papel toalha para ficarem crocantes. Reserve. Escorra o excesso de azeite e na mesma panela, doure a manteiga e o açafrão. Acrescente o purê de batatas e um pouco do leite reservado do cozimento do bacalhau, até obter o ponto desejado. Acerte os temperos com sal, pimenta branca e noz-moscada, moídas na hora. Desligue o fogo assim que encorpar. Reserve.

Numa pequena panela aqueça o azeite e acrescente os dentes de alho. Coloque as folhas de salsinha e deixe apurar. Passe tudo pelo processador e coe no chinois fino. Coloque em uma bisnaga para usar na finalização do prato.


Montagem: 
Num prato quadrado, enforme num aro untado com azeite de 8cm de diâmetro por 5cm de altura a seqüência: 

-Leito de couve, purê de batatas e o bacalhau em pétalas, formando uma “flor”. Desenhe com um fio de azeite o contorno do prato e um losango, formando a “Bandeira do Brasil”. Coloque o alho laminado por cima do bacalhau, representando os Estados, e, passe duas ciboulletes transversas formando a faixa Ordem e Progresso!


Fonte

terça-feira, 26 de março de 2013

Bacalhau com cachaça e purê de batata

Quem acompanha nosso blog já sabe que o Clube vem dando dicas de receitas de peixes que levam cachaça no preparo, composição e harmonização do prato para a Quaresma e Semana Santa. 

Como não poderia deixar de ser, essa semana trazemos um dos clássicos da data: o bacalhau. Há uma infinidade de maneiras de se preparar o peixe e várias delas com a cachaça em sua composição. Separamos uma fácil, rápida e muito deliciosa. 

Continue acompanhando nossas dicas e não deixe de compartilhar conosco o resultado e também suas próprias receitas. Bom apetite!


Bacalhau com cachaça e purê de batata


INGREDIENTES

4 postas de bacalhau
4 cebolas
4 dentes de alho
1 folha de louro
Azeite extra virgem
2 copos de leite
1 copo de cachaça amarela de qualidade
1 kg de batatas
1 colher de sopa de manteiga
Farinha de trigo
Sal
Pimenta do reino
Colorau


MODO DE PREPARO

Deixe as postas de bacalhau de molho para reidratar e retirar o excesso de sal. Seque as postas, passe-as na farinha de trigo e depois as regue com 1 copo de leite fervendo. Frite as postas em azeite bem quente até que fiquem ligeiramente douradas.

Forre o fundo de uma travessa untada com manteiga com rodelas de cebolas finas, alho picado ou fatiado, uma folha de louro e pimenta do reino. Em cima coloque as postas de bacalhau, sobre elas despeje um copo de cachaça e polvilhe com colorau. Regue com azeite.

O purê não tem mistério: descasque as batatas para cozinhá-las em água temperada com sal. A dica aqui é colocar uns dois dentes de alho socado para ferver junto e acentuar o paladar.

Depois de cozidas, esprema as batatas, misture com a manteiga e junte leite quente (1 copo aproximadamente) batendo energicamente para obter um purê firme e fofo. Para isso todos os ingredientes devem estar quentes.

Rodeie as postas de bacalhau com o purê e leve ao forno aquecido a 190ºC até dourar. Enfeite com salsa e sirva quente acompanhado de uma boa salada mista.



quinta-feira, 21 de março de 2013

Receita: Peixe ao molho de laranja e cachaça

Continuando nossa série de dicas para a Semana Santa, trazemos uma receita um pouco diferente: Peixe ao molho de laranja e cachaça.

Desta vez você também fica livre para criar ao adicionar diferentes temperos ou ainda escolher o peixe de sua preferência.


Lembrando sempre que é interessante o consumo da caninha também na hora de degustar o prato. Teste, descubra e veja qual cachaça harmoniza melhor com o prato e compartilhe conosco! 




Peixe ao molho de laranja e cachaça 


INGREDIENTES

Peixe:
Filé de peixe (namorado, salmão etc)
50 ml de cachaça (misturar um pouco de mel e suco de limão)
Tempero verde picado (sálvia, cebolinha, coentro, cominho e orégano)
1 xícara de suco de laranja
Sal a gosto

Molho:
1/2 xícara de suco de laranja
1/2 pote de requeijão de cheddar
1/2 lata de creme de leite
2 colheres de mostarda
Noz-moscada
Sal a gosto
1 colher chá de açúcar


MODO DE PREPARO

Tempere o peixe com a cachaça (preparada), o tempero verde, o sal e o suco de laranja, deixe marinar por 30 minutos.

Enquanto o peixe marina, prepare o molho, misturando os ingredientes, deixe o açúcar para o final. Cozinhe por 10 minutos depois de começar a ferver ou até obter consistência cremosa.

Mexa durante tudo o tempo para não deixar queimar, acrescente o açúcar e verifique a acidez do molho, ajuste o sal e o açúcar se necessário e cozinhe por mais 2 minutos.

Depois de marinar o peixe por 30 minutos frite em óleo o filé, divida em 2 ou mais pedaços, frite de ambos os lados, cuidado para não despedaçar os filés. Coloque em uma travessa com papel toalha para remover o excesso de óleo, distribua as porções nos pratos, cubra com o molho e decore a gosto.

Fica uma delícia acompanhado de batatas cozidas e arroz com ervas.


Fonte: Tudo Gostoso


terça-feira, 19 de março de 2013

Robalo com cachaça

Semana Santa chegando e o consumo de peixes aumenta bastante. Para você que faz questão de carnes brancas nesta época, o Clube do Alambique te ajuda a escolher a melhor combinação de seu peixe predileto com cachaça. 


Já demos a dica do Tucunaré aqui. A receita da vez é o Robalo com cachaça. Confira, teste e compartilhe conosco. 




Robalo marinado na cachaça 

Ingredientes 

1 robalo (aproximadamente 1 kg)
1 xícara (chá) de cachaça 
Folhas de manjericão a gosto 
Sal a gosto 
Pimenta-do-reino a gosto 
1 xícara (chá) de maionese 
1 lata de atum ralado 
1 dente de alho 
3 colheres (sopa) de cebola picada 
3 colheres (sopa) de alcaparras 


Modo de preparo 

Regue o peixe com a cachaça por dentro e por fora. Em seguida, coloque as folhas de manjericão dentro do peixe e tempere com o sal e a pimenta-do-reino. Reserve.

Em uma panela, misture bem a maionese, o atum, o alho, a cebola e a alcaparra até que obtenha uma consistência de patê.

Coloque o peixe em uma assadeira antiaderente, espalhe a mistura sobre ele, cubra-o com papel alumínio e leve para assar no forno pré-aquecido (200 ºC) por cerca de 20 minutos.


Fonte: Edu Guedes


quarta-feira, 13 de março de 2013

Clube do Alambique no Jornal DCI


Na última semana publicamos aqui um texto mostrando porque cachaça é sim, bebida de mulher

Quer mais um prova? Clube do Alambique foi destaque no caderno Shopping News, do Jornal DCI e no portal Panorama Brasil. Confira abaixo a matéria. 



Mulheres aderem a novos hábitos para sair da rotina 

Além da tradicional visita semanal nos salões de beleza ou aos shoppings para cuidar do visual e não deixar a vaidade de lado, a classe feminina tem apostado em novos costumes 


As mulheres, definitivamente, passaram a ocupar um espaço maior no mercado de trabalho. O fato não é novidade e a cada ano os estudos apontam novas evoluções. De acordo com dados da pesquisa “O Trabalho das Mulheres, Mudanças e Permanências”, divulgados na última quarta-feira (6), pela Fundação Seade, centro de análises econômicas e pesquisas do governo do Estado de São Paulo, só na região metropolitana, a presença das mulheres no mercado de trabalho aumentou de 55,4% em 2011, para 56,1% em 2012, enquanto a taxa de desemprego ficou estável em 12,5%. A pesquisa ainda mostra que a criação de postos de trabalho entre elas foi de 1,8%, enquanto que entre os homens foi 0,6%.

Diante dessa mudança no campo profissional, as mulheres também passaram a ter novos hábitos.

Além da tradicional visita semanal nos salões de beleza ou aos shoppings para cuidar do visual e não deixar a vaidade de lado, a classe feminina tem apostado em costumes que antes eram praticados só por eles, os homens.

Apesar de muitas assumirem que sofreram preconceito por adotarem hábitos masculinos, elas não desistem de suas “válvulas de escape” para fugir do estresse, relaxar e reunir as amigas aos chamados “clubes da luluzinha” que, atualmente, não se encontram apenas para trocar as receitas de bolos ou falar sobre os filhos, mas sim para degustar um bom charuto cubano, uma cachaça artesanal, ou até mesmo assistir a uma partida de futebol na arquibancada do estádio para torcer pelo clube do coração.

O Shopping News conversou com algumas dessas mulheres, que decidiram não dar ouvidos às críticas e adotaram os hábitos masculinos, porém, sem perder a delicadeza e o toque de feminilidade. Confira: 

3 mulheres e um desejo: a cachaça
Mesmo com preconceito masculino, Ariana Gomes, de 26 anos, nunca desistiu do sonho de ser especialista em degustação de cachaça. Uma das donas do Clube do Alambique, mestre alambiqueiro, ela começou a se apaixonar pela bebida por influência do avô, que tinha uma fazenda onde mantinha a produção da bebida. Viajou pelo Brasil para conhecer mais sobre o assunto e, desde então, faz cursos para se especializar cada vez mais no tema. 

Ela e sua irmã, Anita Flávia, de 20 anos, antes de abrirem a empresa Três Paixões do Brasil, sofreram muito preconceito dos homens, que não queriam mulheres em um ramo predominantemente masculino. Anita explica que até na hora de registrar a empresa, elas tiveram dificuldades.

“Quando fomos registrar a empresa, a Receita Federal não acreditava que as mulheres iriam trabalhar com cachaça, eles achavam que era um laranja e fariam algo irregular. A própria fiscalização demorou para dar nosso registro, pois não viam sentido duas mulheres trabalhando com cachaça no mercado”, afirmou a caçula.

A ideia de formar a Confraria Feminina surgiu após uma reunião com a empresária e chef de cozinha do restaurante Dona Lucinha, Elzinha Nunes. Ela por utilizar a cachaça na maioria dos pratos que elabora, e após expor sua ideia para as irmãs, elas idealizaram um projeto e no dia seguinte a reunião, acertaram os detalhes para iniciar a divulgação e hoje a Confraria é bimestral.

Por mais que a cachaça seja uma bebida tipicamente brasileira, ela ainda sofre com o preconceito, mas é reconhecida no mercado internacional, com índices de consumo e apreciação em países europeus.

“Por mais que o mercado nacional tenha mulheres que apreciam a bebida, a cachaça sofre com preconceito, tanto que as pessoas não tem costume de oferecer a bebida em suas recepções”, explica Ariana Gomes que fala sobre o diferencial do seu clube em relação aos outros no mercado.

“O nosso diferencial hoje é a harmonização. Nós procuramos ensinar os apreciadores da bebida, que a degustem devagar além de aproveitar seus toques com união de prová-la juntamente com uma boa elaboração gastronômica. Também destaque para a utilização da bebida na elaboração de drinques”, completou a dona do Clube do Alambique.

Produtoras de cachaça, as irmãs comemoram o fato de um dos rótulos produzidos, a Cortarelli estar entre as cachaças que passarão ser comercializadas em bares e restaurantes.

“O clube do Alambique passa um conceito de uma associação nacional, mas ainda temos muito trabalho para fazer, temos um planejamento estratégico com vários projetos e sabemos aonde queremos chegar. E queremos expandir nossas fronteiras para outros estados”, afirmou Ana Flávia, mentora de Ariana Gomes e Anita Flávia no projeto do Clube do Alambique que finaliza que “abrirão filiais pelo Brasil para disseminar a cultura da cachaça”.


Fonte: Panorama Brasil 

sexta-feira, 8 de março de 2013

Cachaça é "Bebida de Mulher"


Você ainda acha que cachaça é algo do universo masculino? Pois está na hora de repensar algumas coisas!

Já faz um bom tempo que nossa bebida conquistou diferentes públicos, ambientes e apreciadores cada vez mais sofisticados.

Mais: as mulheres, com sua sensibilidade extra, degustam, sentem e reconhecem bem melhor os distintos aromas e sabores da cachaça. Elas apreciam cada nuance do processo de produção, fermentação e envelhecimento por meio do paladar mais apurado.

Quer mais provas? Elas são criativas e adoram inovar! Com isso, buscam cada vez mais novos prazeres aliados aos diferentes pratos harmonizados com cachaças distintas.

"Uma mulher pode ficar charmosa bebendo cachaça" foi a frase dita por um jornalista carioca ao terminar de fazer uma reportagem com a cachacière Fernanda Nepomuceno. Aliás, cachacière é um termo específico para elas.

Em texto publicado no Mapa da Cachaça, Gabriela Barreto busca no início da história de nosso país mais provas de que cachaça é sim, bebida de mulher! “Não é de hoje que as mulheres estão envolvidas com cachaça. Em Minas Gerais, nos tempos de um Brasil colonial, muitos alambiques foram fundados por mulheres que encontravam no destilado uma alternativa de ganhar dinheiro enquanto seus maridos trabalhavam nas minas. Ainda hoje, percebemos que diversas cachaças são produzidas por mulheres”.

Foi por perceber que as mulheres estão dominando o mercado de cachaça que Ariana Gomes de Souza, do Clube do Alambique e a Chef de cozinha Elzinha Nunes se uniram e criaram a Confraria Feminina da Cachaça. “O propósito da Confraria é disseminar a cultura da apreciação da bebida, quebrando vários tabus ao mesmo tempo, mostrando que não é só ‘bebida de homem’ e que pode sim combinar com o universo feminino e ambientes requintados”, comenta.

Confira matéria do Programa Hoje Tem, da TV Gazeta sobre o evento.




terça-feira, 5 de março de 2013

EUA reconhecem cachaça como bebida brasileira

Tivemos uma grande conquista no passado: em abril de 2012 houve uma troca de cartas assinadas pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio ExteriorFernando Pimentel, e o representante de Comércio dos Estados Unidos, Ron Kirk. Por meio disso, os Estados Unidos se comprometeram a reconhecer a cachaça como produto exclusivo e tipicamente brasileiro. Em contrapartida, o Brasil faria o mesmo com os uísques Bourbon e Tenessee. Você pode ler o texto completo aqui.

E não é que essa nossa cachaça tem nos alegrado cada dia mais?! Na última semana outra grande notícia. A partir do próximo mês, nossos produtores já poderão exportar a cachaça para os Estados Unidos como produto de origem exclusiva do Brasil.

Confira matéria abaixo publicada no Jornal O Estado de S. Paulo.

EUA reconhecem cachaça como bebida brasileira

Produto era vendido no país como rum; agora, fabricantes querem multiplicar as exportações e chegar a 5 milhões de caixas ao ano


Depois de mais de uma década de negociações, o Alcohol and Tobacco Tax and Trade Bureau (TTB) - órgão do governo americano especializado no comércio de álcool e tabaco - publicou ontem registro reconhecendo a cachaça como produto genuinamente brasileiro. Com a decisão, que passa a valer a partir de 11 de abril, a bebida deixa de ser vendida como "Brazilian Rum", conforme determinava a autoridade americana.

O governo brasileiro, com isso, evita nos Estados Unidos que aconteça com a cachaça o que ocorreu com a vodca russa. A Rússia perdeu o direito exclusivo internacional de utilizar o nome vodca como uma marca do país, porque não tinha seu registro na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Em troca do reconhecimento americano, o governo brasileiro agora terá 30 dias para formalizar o reconhecimento do "Bourbon Whisky" e o "Tennessee Whisky" como produtos genuinamente americanos.

"O registro oficializa um processo que começou há um ano, pelo qual estamos lutando há mais de uma década", diz César Rosa, presidente do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac).

O processo de reconhecimento da cachaça foi iniciado oficialmente em abril do ano passado. Na ocasião, a presidente Dilma Rousseff esteve em Washington e celebrou o início do processo presenteando o presidente americano, Barack Obama, com uma edição especial de cachaça avaliada em R$ 212 mil, com a garrafa cravejada de diamantes.

Contra. Durante o processo, houve um período de consulta pública em que era possível apresentar manifestações contra o reconhecimento da cachaça. A única manifestação apresentada foi feita pela União Europeia. "Há um processo parado há mais de 15 anos na União Europeia para que a Europa reconheça a cachaça. Para eles, não é interessante esse reconhecimento, porque eles perdem força na OMC", afirma Rosa.

Os EUA são o segundo maior mercado importador da cachaça brasileira, perdendo apenas para a Alemanha. "Mas eles são os maiores consumidores mundiais de destilados e também o mercado de cachaça que mais cresce", diz Maria das Vitórias Cavalcanti, diretora de relações externas da cachaçaria Pitú.

O Ibrac prevê que o reconhecimento vai impulsionar as exportações para os EUA. Hoje, são vendidos para o mercado americano 700 mil litros por ano. "Acredito que, em cinco anos, podemos chegar a ter 5% do mercado americano de rum, o que significa exportar 5 milhões de caixas, ou 60 milhões de litros, por ano", afirma Rosa.

Isso, no entanto, não vai acontecer sem um trabalho de promoção da bebida, segundo o produtor Otávio Possas, da cachaça Vale Verde. "Nos EUA, ninguém pede cachaça por marca. Lá, cachaça é uma bebida genérica."

A diretora da Pitú concorda. "O americano não sabe nem como consumir a cachaça. Precisamos começar um trabalho de educação, que, sem o reconhecimento, não era possível", afirma Maria das Vitórias.

O mercado nacional tem capacidade de produção de 1 bilhão de litros, mas produz cerca de 700 milhões de litros por ano. As mais de 4 mil marcas nacionais movimentam cerca de R$ 2 bilhões anualmente.

No ano passado, o consumo interno encolheu 3,5% em volume, segundo dados preliminares do Ibrac. Houve, segundo César Rosa, uma migração do consumo para a cerveja e para marcas de segunda linha de uísque e vodca.

Por outro lado, o faturamento do setor cresceu em média 10%, já que muitos consumidores passaram a comprar marcas mais finas, de maior valor agregado.