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quinta-feira, 11 de abril de 2013

11 de abril de 2013: dia de brindar com cachaça

É hoje!

Há cerca de um ano temos falado sobre o processo de reconhecimento da cachaça como bebida 100% brasileira por parte dos EUA. Agora é pra valer: hoje, 11 de abril de 2013, entra para a história do nosso país como o dia em que o nosso destilado passa a ser comercializado como produto exclusivamente nacional.

Para quem ainda não sabe, o Clube do Alambique já havia falado aqui sobre os problemas da falta de legalização do nosso produto que desde o ano 2000 é exportado com a inscrição “Brazilian Rum” (Rum Brasileiro) em seu rótulo, já que na classificação é levada em conta a matéria prima do produto. Apesar das duas bebidas serem feitas de cana-de-açúcar, existem grandes diferenças nas composições físico-químicas e sensoriais. 


Em abril de 2012 houve uma troca de cartas assinadas pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e o representante de Comércio dos Estados Unidos, Ron Kirk. Por meio disso, os Estados Unidos se comprometeram a reconhecer a cachaça como produto exclusivo e tipicamente brasileiro. Em contrapartida, o Brasil faria o mesmo com os uísques Bourbon e Tenessee. 

Acompanhe notícia do Portal UOL sobre a questão e confira muitos motivos para se comemorar e brindar com a branquinha!




Brasil ganha exclusividade do nome "cachaça" nos EUA



A partir da próxima quinta-feira (11), a cachaça passa a ser vendida nos Estados Unidos como um produto tipicamente brasileiro. Isso significa que, para ser chamada de cachaça, a bebida terá de ser produzida no Brasil.

Desde 2000, os americanos comercializavam a bebida com o rótulo de "rum brasileiro" e produtos fabricados em outros países, principalmente da região do Caribe, eram, muitas vezes, confundidos com a cachaça. 

O reconhecimento foi resultado de uma negociação de mais de uma década entre os governos dos dois países. Em contrapartida, o Brasil passará a reconhecer outros dois produtos como genuinamente americanos: o uísque bourbon e o uísque tennessee. 

"A medida evita que a cachaça vire um destilado genérico, como a vodka, que antes era produzida só na Rússia e hoje é feita no mundo todo", diz Vicente Bastos, presidente da diretoria executiva do Instituto Brasileira da Cachaça (Ibrac). 



País luta por reconhecimento na OMC 
A medida abre precedente para que outros países também reconheçam a cachaça no futuro. Além dos EUA, apenas a Colômbia fez esse reconhecimento oficialmente. Nesse caso, não houve necessidade de acordo: a decisão foi tomada de forma voluntária pelo país latino-americano.

Medidas regionais como essas podem ajudar a cachaça a ganhar a denominação de origem da Organização Mundial do Comércio (OMC), afirma César Rosa, CEO da Velho Barreiro e presidente do conselho do Ibrac. Isso garantiria o reconhecimento no mundo todo, como já acontece, por exemplo, com a tequila, do México, e o uísque escocês, da Escócia.


Exportações atingem apenas 1% da produção 
Os Estados Unidos são o maior mercado de destilados do mundo e estão entre os principais compradores de cachaça. De maneira geral, porém, as exportações do produto ainda são bastante tímidas.

Segundo dados do Ibrac, a indústria produz cerca de 1,2 bilhão de litros de cachaça por ano. Em 2012, cerca de 8 milhões de litros foram exportados, ou cerca de 0,66% do total.

O reconhecimento por parte do governo americano também deve fazer com que, no longo prazo, as exportações aumentem. Bastos estima que, em cinco anos, o valor das exportações possa mais do que triplicar, chegando a US$ 50 milhões; em 2012, foram US$ 15 milhões.


Estrangeiro só conhece caipirinha 
Um dos obstáculos para o aumento das exportações, porém, é o fato de os estrangeiros desconhecerem a cachaça. As vendas no exterior ainda são quase totalmente associadas à caipirinha.

"Se você pergunta ao consumidor lá fora do que é feita a caipirinha, ele não sabe. Ele acha que pode ser feita com qualquer destilado", diz Darleize Barbosa, gerente de exportação da Companhia Müller de Bebidas, fabricante da cachaça 51.

Até por isso, as empresas têm dificuldade de vender, lá fora, produtos premium, que são mais caros e são a mais recente aposta dos grandes fabricantes no mercado interno.

Na tentativa de educar o consumidor americano, a fabricante Pitú mantém, nos Estados Unidos, uma profissional que "dá aulas" sobre o produto para distribuidores da Flórida e de Nova York. "Ela ensina o que é a cachaça e como pode ser consumida", diz a diretora de comércio exterior da Pitú, Vitória Cavalcanti. 

Para os fabricantes, a realização da Copa do Mundo e da Olimpíada no Brasil vai ajudar a tornar a bebida mais conhecida. "O potencial é grande, e o consumidor tem desejo de conhecer o produto. Todos estão perguntando sobre a cachaça", diz Eduardo Bendziu, diretor de marketing da Ypióca. A empresa pertence ao grupo britânico Diageo, produtor do uísque Johnnie Walker e da vodca Smirnoff. 


Fonte: UOL

terça-feira, 5 de março de 2013

EUA reconhecem cachaça como bebida brasileira

Tivemos uma grande conquista no passado: em abril de 2012 houve uma troca de cartas assinadas pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio ExteriorFernando Pimentel, e o representante de Comércio dos Estados Unidos, Ron Kirk. Por meio disso, os Estados Unidos se comprometeram a reconhecer a cachaça como produto exclusivo e tipicamente brasileiro. Em contrapartida, o Brasil faria o mesmo com os uísques Bourbon e Tenessee. Você pode ler o texto completo aqui.

E não é que essa nossa cachaça tem nos alegrado cada dia mais?! Na última semana outra grande notícia. A partir do próximo mês, nossos produtores já poderão exportar a cachaça para os Estados Unidos como produto de origem exclusiva do Brasil.

Confira matéria abaixo publicada no Jornal O Estado de S. Paulo.

EUA reconhecem cachaça como bebida brasileira

Produto era vendido no país como rum; agora, fabricantes querem multiplicar as exportações e chegar a 5 milhões de caixas ao ano


Depois de mais de uma década de negociações, o Alcohol and Tobacco Tax and Trade Bureau (TTB) - órgão do governo americano especializado no comércio de álcool e tabaco - publicou ontem registro reconhecendo a cachaça como produto genuinamente brasileiro. Com a decisão, que passa a valer a partir de 11 de abril, a bebida deixa de ser vendida como "Brazilian Rum", conforme determinava a autoridade americana.

O governo brasileiro, com isso, evita nos Estados Unidos que aconteça com a cachaça o que ocorreu com a vodca russa. A Rússia perdeu o direito exclusivo internacional de utilizar o nome vodca como uma marca do país, porque não tinha seu registro na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Em troca do reconhecimento americano, o governo brasileiro agora terá 30 dias para formalizar o reconhecimento do "Bourbon Whisky" e o "Tennessee Whisky" como produtos genuinamente americanos.

"O registro oficializa um processo que começou há um ano, pelo qual estamos lutando há mais de uma década", diz César Rosa, presidente do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac).

O processo de reconhecimento da cachaça foi iniciado oficialmente em abril do ano passado. Na ocasião, a presidente Dilma Rousseff esteve em Washington e celebrou o início do processo presenteando o presidente americano, Barack Obama, com uma edição especial de cachaça avaliada em R$ 212 mil, com a garrafa cravejada de diamantes.

Contra. Durante o processo, houve um período de consulta pública em que era possível apresentar manifestações contra o reconhecimento da cachaça. A única manifestação apresentada foi feita pela União Europeia. "Há um processo parado há mais de 15 anos na União Europeia para que a Europa reconheça a cachaça. Para eles, não é interessante esse reconhecimento, porque eles perdem força na OMC", afirma Rosa.

Os EUA são o segundo maior mercado importador da cachaça brasileira, perdendo apenas para a Alemanha. "Mas eles são os maiores consumidores mundiais de destilados e também o mercado de cachaça que mais cresce", diz Maria das Vitórias Cavalcanti, diretora de relações externas da cachaçaria Pitú.

O Ibrac prevê que o reconhecimento vai impulsionar as exportações para os EUA. Hoje, são vendidos para o mercado americano 700 mil litros por ano. "Acredito que, em cinco anos, podemos chegar a ter 5% do mercado americano de rum, o que significa exportar 5 milhões de caixas, ou 60 milhões de litros, por ano", afirma Rosa.

Isso, no entanto, não vai acontecer sem um trabalho de promoção da bebida, segundo o produtor Otávio Possas, da cachaça Vale Verde. "Nos EUA, ninguém pede cachaça por marca. Lá, cachaça é uma bebida genérica."

A diretora da Pitú concorda. "O americano não sabe nem como consumir a cachaça. Precisamos começar um trabalho de educação, que, sem o reconhecimento, não era possível", afirma Maria das Vitórias.

O mercado nacional tem capacidade de produção de 1 bilhão de litros, mas produz cerca de 700 milhões de litros por ano. As mais de 4 mil marcas nacionais movimentam cerca de R$ 2 bilhões anualmente.

No ano passado, o consumo interno encolheu 3,5% em volume, segundo dados preliminares do Ibrac. Houve, segundo César Rosa, uma migração do consumo para a cerveja e para marcas de segunda linha de uísque e vodca.

Por outro lado, o faturamento do setor cresceu em média 10%, já que muitos consumidores passaram a comprar marcas mais finas, de maior valor agregado.




segunda-feira, 23 de julho de 2012

Vendas da caninha ainda encontram várias barreiras


Você já sabe que os EUA reconheceram nossa bebida como um produto exclusivamente do Brasil. Já leu aqui também que as exportações aumentaram em volume e valor nos primeiros seis meses do ano se comparado ao mesmo período de 2011.

No entanto, a produção e distribuição da cachaça ainda esbarram em várias questões. A bebida produzida artesanalmente, o que resulta em melhor qualidade, ainda tem um baixo volume de produção e encontra vários
 obstáculos

Várias empresas ainda são avessas à exportação e lutam para encontrar espaço para o seu produto dentro do país devido aos altos tributos e falta de apoio ao comerciante. Na região de Salinas (MG), famosa pela grande concentração de produtores, os comerciantes ganharam uma nova esperança para driblar o problema: na última semana foi concedido um selo de indicação geográfica às bebidas da região. Os produtores esperam que a medida auxilie na redução dos impostos.

Quem produz cachaça artesanal, de alambique, diz que os impostos são cerca de 7 vezes maiores do que para o produto industrializado. É claro que há órgãos como o Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC) que busca uma redução da carga tributária, entre outras melhorias, buscando o fortalecimento do setor.

Os números do volume exportado nos primeiros seis meses de 2012 já mostram um grande potencial, mas talvez seja necessário um esforço de outros setores na luta também. É importante que se tenha uma mudança na própria forma de nós, brasileiros, enxergarmos nossa bebida genuinamente nacional.

Outros países já se renderam às deliciosas sensações provocadas pela cachaça. E você, tá esperando o que?

Fonte: extra.globo.com

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Hoje é o Dia da Cachaça Mineira!


A cachaça é uma bebida tão importante para a cultura brasileira, que se não bastasse todos os cachacistas que a homenageiam diariamente, ela ainda possui dois dias oficiais de comemoração no ano. Isso mesmo, DOIS dias!

Isso acontece porque os mineiros adotaram 21 de Maio como o Dia da Cachaça Mineira, já que esse dia marca o início da safra da cana-de-açúcar no Estado. A data é comemorada desde 2001 quando Itamar Franco, então governador do Estado, assinou a lei que regulamenta a produção da bebida no Estado.

O outro dia de nossa caninha foi instituído pelo IBRAC (Instituto Brasileiro da Cachaça) como 13 de Setembro. E se os mineiros tem seus motivos para a escolha de seu dia, o Dia Nacional da Cachaça também tem muitos motivos históricos para ter sido o escolhido. Foi em 13 de Setermbro de 1661 que a Coroa Portuguesa liberou a produção e comercialização da cachaça no Brasil após a pressão dos produtores da bebida.

Tudo começou quando em 1635 o rei de Portugal, percebendo a importância e destaque comercial do produto, proibiu a caninha no Brasil. Mesma na clandestinidade, a bebida virou “moeda de troca”, chegando até nas colônias da África. Com novo decreto em 1659, os portugueses apertaram o cerco e fiscalização, gerando a Revolta da Cachaça em 1660, culminando na legalização do destilado no ano seguinte.

De lá pra cá a produção e consumo de nossa bebida só aumentou. Estima-se que existam cerca de 40.000 produtores com uma média de 4.000 marcas de cachaça no país, que juntos exportam para uma faixa de 50 a 60 países. O principal mercado é o europeu, com destaque para a Alemanha.

Viu a força e importância de nossa bebida? Então vamos comemorar as diferentes datas degustando o nosso produto, independente do Estado de origem!