sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Confraria Feminina de Cachaça ganha edição no Restaurante Mocotó


 Evento é aberto para homens e mulheres


A cozinha sertaneja é rica em sabores e brasilidade. A cachaça traduz e leva o aroma do nosso país às mesas mais requintadas do mundo todo. É reunindo esses dois elementos de nossa cultura que o Clube do Alambique promove nova Confraria Feminina de Cachaça no tradicional Restaurante Mocotó, em São Paulo.

Além de apresentar o universo do destilado, a confraria contará com informações sobre a história e as características da bebida, sua produção, harmonização com diferentes tipos de pratos e seu uso na culinária e em drinques.

“Nosso propósito é mostrar que a cachaça combina com diferentes tipos de ambientes e pratos da culinária mundial, disseminando a cultura e apreciação de nossa bebida”, conta a proprietária do Clube do Alambique, Ariana Gomes de Souza.

Foi a partir dos objetivos em comum que o Clube se juntou ao Mocotó na tarefa de apresentar a cachaça a diferentes públicos e buscar, cada vez mais, a valorização do destilado. “O Mocotó serve cachaças artesanais de qualidade desde seu primeiro dia de funcionamento. Hoje temos profissionais formados aqui, como o Leandro Batista, que estão entre as mais respeitadas personalidades no mundo da cachaça”, afirma Rodrigo Oliveira, chef e proprietário do restaurante. 

Apesar do preconceito ainda existente com relação ao destilado nacional, o produto nunca esteve tão em alta. Hoje, a bebida é saboreada no Brasil e no mundo por pessoas de diferentes classes sociais e poder aquisitivo. Os apreciadores exigentes descobriram o prazer de degustar uma boa cachaça.

Segundo o chef de cozinha, a Confraria tem papel de grande importância como divulgador da bebida. “Tem a missão de formar a opinião desses novos consumidores, um público que historicamente não tem o hábito de consumir cachaça, seja por preconceito ou mesmo por hábito”, conclui Rodrigo, que herdou do pai o gosto pela cozinha sertaneja e o destilado nacional. 


A Confraria Feminina de Cachaça é aberta para homens e mulheres e trará uma seleção de petiscos como torresminhos, caldinho de mocotó, castanhas temperadas, dadinhos de tapioca, bolinho de arroz cateto; um prato principal, baião-de-dois e carne-de-sol e uma sobremesa. 

O evento será na próxima quarta-feira, dia 30 de janeiro, às 19h no Restaurante Mocotó. O investimento é de R$55,00.


Rodrigo Oliveira, chef de cozinha

Sobre o Clube do Alambique
A história da empresa tem origem nos anseios do senhor Adelmo Francisco Silva, homem simples e empreendedor, que transformou as terras de sua família numa propriedade fértil, gerando retorno e sustento.

Sua neta Ariana acompanhou as pesquisas, viagens e projetos que originou o seu último empreendimento, iniciado em 2006, com a plantação do canavial e a construção de um alambique de excelência. Em 2008, produziu a primeira safra de uma bebida típica brasileira, reconhecida e apreciada internacionalmente: a cachaça.

Em 2009, com a partida prematura do patriarca, a neta abraçou o sonho do avô, fez o curso de mestre alambiqueiro e iniciou sua caminhada no mundo da cultura da cachaça.
Ariana uniu-se à irmã Anita Flávia e fundou o Clube do Alambique, com o propósito de disseminar a cultura da apreciação do destilado, promover o encontro de produtores, especialistas e apreciadores da bebida brasileira e oferecer safras com alta qualidade, selecionadas em todo o Brasil. 

Com o objetivo de comercializar as cachaças selecionadas pelo Clube do Alambique, as irmãs fundaram, em 23 de julho de 2010, a empresa Três Paixões do Brasil, selando no nome as três grandes paixões que o querido avô Adelmo cultivou: VIDA, FAMÍLIA e AMIGOS!



Serviço
Confraria Feminina de Cachaça
Data: quarta-feira, 30 de janeiro, às 19h
Local: Restaurante Mocotó – Avenida Nossa Senhora do Loreto, 1.100, Vila Medeiros - São Paulo (SP)
Investimento: R$55,00

Inscrições: (11) 4195-3813 / confraria.feminina@clubedoalambique.com.br

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Palestra no Elídio Bar

Depois de fazermos degustações no Elídio Bar do Mercadão de São Paulo, chegou a vez de passarmos pela tradicional unidade da Mooca para uma palestra com os colaboradores da casa.

Falamos um pouco sobre o universo da cachaça, sua história, características e como identificar uma bebida de qualidade. Regado por boas doses de nossas cachaças parceiras, o encontro rendeu bons momentos e muita conversa de qualidade.

Confira as fotos!



 


 


Sobre o Elídio Bar

Seu Elidio Raimondi, falecido em 2012, foi o primeiro a ter um balcão de acepipes no bar fundado em 1959. Hoje em dia, as novas comandantes do bar são suas três filhas: Celeste, Solange e Suzete Raimondi, que aprenderam a cuidar de todos os detalhes com seu pai, que amava o futebol. Pelas paredes do bar há mais de 40 camisas de times autografadas, muitas do Rei Pelé. O balcão de acepipes conta com aproximadamente 120 tipos entre os embutidos e faz muito sucesso com a clientela. O Chopp Brahma é servido bem gelado e com colarinho alto, bem cremoso. A tradicional Feijoada é servida todas as quartas, Sábados e domingos. O bar do Elidio está no mesmo lugar há 53 anos e passou por reformas em 2008, deixando o local bastante agradável e com o segundo andar. O bar é o orgulho da Mooca e conta com um atendimento tradicional também, como o Antonio que trabalha na casa há 32 anos e serve às mesas como ninguém.


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Aula de campo com a Sanhaçu – Cachaça e rapadura

Nossa parceira Sanhaçu é uma agroindústria de derivados de cana de açúcarcachaça, rapadura, açúcar mascavo e mel de engenho – que abre suas portas para que turistas e estudantes conheçam uma autêntica produção artesanal em harmonia com o meio ambiente.

Atualmente desenvolve em paralelo com a produção orgânica e certificada, dias de agroturismo com o intuito de proporcionar educação ambiental, contato direto com o mundo rural, troca e proximidade com a natureza.
 Estudantes do ensino superior da região, turistas em grupo ou individuais estão convidados para conhecer a fazenda e o processo de produção. 

A Sanhaçu oferece visita guiada às dependências da fábrica, degustação dos produtos da agroindústria (cachaça apenas para os maiores de 18 anos – com permissão prévia da escola), aula sobre cachaça, lanche típico (caldo de cana com pão doce e bolo de bacia) e acesso à loja da fábrica.

Serviço: 
Todos os dias das 7 às 17h. Durante o período de safra (setembro a janeiro) é possível acompanhar a produção de cachaça, açúcar, rapadura e mel de engenho. Na entressafra os visitantes apenas terão acesso às instalações. 
O investimento é de R$5,00 por pessoa.
Outras informações: www.sanhacu.com.br / oto@sanhacu.com.br /(81) 3537-1413 / 9251-7447

Endereço:
Sanhaçu Cachaçaria Barreto Silva
Endereço: Sitio Valado s/nº
Chã Grande - Pernambuco

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Clube Alagoano da Cachaça

Está viajando pela região Nordeste do Brasil e quer participar de um grande evento com a caninha?

O Clube Alagoano da Cachaça fará seu próximo encontro esta semana em Barra de São Miguel e nossa parceira Gogó da Ema dará um toque especial ao evento.

Confira os petiscos de botequim, drinks e muita cachaça boa!


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Banana Flambada na Cachaça com Creme de Espinafre

Quem é fã da bebida já sabe: cachaça funciona de diferentes formas à mesa. É uma boa pedida para abrir o apetite antes da refeição e dá um toque especial ao prato principal e também na sobremesa. Harmoniza com doces e salgados e também pode ser usada no preparo desses pratos.

Quer mais uma prova? Confira receita simples e charmosa de Banana Flambada na Cachaça com Creme de Espinafre da Chef Elzinha Nunes. Bom apetite!





quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Irradiação da cachaça

Cientistas brasileiros conseguiram otimizar a produção da cachaça com o uso de radiação para envelhecer a bebida em poucos minutos. O método elimina o período do envelhecimento, que pode durar alguns anos. 

A diferença é que, depois de destilada, em vez de ir para os barris envelhecer, a cachaça já é engarrafada. Os recipientes com a bebida passam então por um aparelho chamado irradiador. Lá, as garrafas são atingidas por raios gama. Essa radiação ioniza os átomos da cachaça e desencadeia as reações químicas, que aconteceriam de forma bem mais lenta pelo método tradicional com a madeira. 

Ainda é restrita aos laboratórios, mas os pesquisadores acreditam que o processo poderá ser usado em breve, reduzindo custos na produção da bebida. 

E você, prefere o jeito clássico ou é favorável ao processo que turbina a produção? Confira matéria na íntegra!


Cachaça irradiada 

Pesquisadores da USP utilizam radiação para envelhecer a bebida. O processo é capaz de acurar as características físico-químicas e sensoriais do destilado em alguns minutos, enquanto o processo tradicional leva pelo menos seis meses.
Por: Yuri Hutflesz 

Na cidade de Divinésia, interior de Minas Gerais, o produtor de cachaça Agostinho Batista precisa guardar sua bebida durante 15 meses em barris de carvalho antes de vendê-la. Assim como ele, qualquer pessoa que queira distribuir sua aguardente de cana no mercado precisa estocá-la por um período que vai de seis meses a cinco anos. Esse envelhecimento é fundamental para apurar o sabor e o aroma do destilado. 

Pensando em apresentar alternativas a esse processo, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) descobriram uma nova utilidade para o processo de irradiação: deixar a cachaça no ponto desejado, diminuindo o tempo e os custos envolvidos.

Durante o envelhecimento artificial, a bebida já engarrafada e embalada passa por uma esteira e é atingida por raios gama. Esse tipo de radiação eletromagnética é geralmente produzida por elementos instáveis – no caso, o cobalto-60.

Quando os raios gama atravessam a garrafa, os átomos da cachaça são ionizados, ou seja, excitados eletricamente pela energia da radiação. De acordo com o biólogo Valter Arthur, coordenador da pesquisa e professor do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena/USP), isso faz com que ocorram diversas reações químicas.

Uma delas é a formação de radicais livres, que interagem entre si, fazendo com que ocorra a diminuição do pH, do teor alcoólico e dos aldeídos, compostos responsáveis pela dor de cabeça da ressaca. “Os processos físico-químicos são semelhantes aos que aconteceriam durante o envelhecimento natural do destilado”, afirma.

Até agora já foram irradiados cerca de 50 litros da bebida no Cena. Uma das principais preocupações era chegar a um nível ideal de radiação, que acelerasse o envelhecimento ao máximo sem prejudicar as características físico-químicas e sensoriais. A dose ficou estabelecida em 0,3 quilograys (kGy) – unidade padrão usada para indicar a quantidade de energia absorvida por um quilo de matéria.

Um aparelho chamado irradiador – ou fonte de cobalto-60 – libera e direciona a energia produzida no processo. Como os equipamentos do centro são de pequeno porte, destinados a pesquisas e com doses relativamente baixas de radiação, o procedimento dura aproximadamente 45 minutos, mas os irradiadores comerciais são capazes de realizar o mesmo processo em cerca de cinco minutos. 

Foto: Cena
Sobre sabor e risco 
O método de envelhecimento artificial desperta o interesse de Batista – o produtor. Mas, antes de enviar sua cachaça para a irradiação, ele exigiria garantia de que seu produto não perderia em sabor – para ele próprio não perder seus clientes. Na USP, foram realizados testes de degustação com 40 pessoas, entre funcionários e estudantes de graduação e pós-graduação, que não perceberam diferenças entre amostras envelhecidas naturalmente e irradiadas. 

Outra questão importante é entender se o processo envolve algum tipo de risco. Apesar de o nível de radiação que passa pela garrafa ser o equivalente ao que um paciente receberia ao ser submetido a cerca de 10 mil tomografias computadorizadas, Arthur explica que a dose é considerada baixa para esse tipo de procedimento e não há contato entre o líquido e o cobalto-60.

“Não existe qualquer risco para os consumidores; muitas pessoas confundem material irradiado com material contaminado por radiação”

“Não existe qualquer risco para os consumidores; muitas pessoas confundem material irradiado com material contaminado por radiação”, afirma. “Depois do processo, a cachaça pode ser consumida imediatamente, pois não fica com nenhum resíduo radioativo.”

O pesquisador também assegura que a quantidade de radicais livres gerada no processo não é prejudicial e que não há formação de substâncias nocivas à saúde. De todo modo, no Brasil, todo alimento (ou bebida) irradiado deve ter impresso no rótulo o símbolo Radura. 

Entraves à produção
Apesar dos resultados positivos obtidos até agora pela equipe de Arthur, ainda há um grande porém a ser resolvido: a cachaça irradiada não adquire a coloração amarelada, própria da bebida armazenada em barris. Isso poderia levar o consumidor à falsa impressão de que o sabor também não está ‘envelhecido’.

Os pesquisadores já buscam soluções. Uma delas pode ser a incorporação de extratos vegetais e própolis à cachaça antes de ela ser irradiada. Essa alternativa está sendo testada pelo Cena, com todo cuidado para que as dosagens aplicadas alterem apenas a cor, e não o gosto ou o aroma da bebida.

De acordo com Arthur, a versão irradiada – e amarelada – da bebida apresentará uma série de vantagens aos produtores. “O envelhecimento artificial de uma tonelada de cachaça sai por cerca de R$ 50 e o fabricante coloca o produto no mercado em uma velocidade muito maior do que no caso dos barris”, afirma. “Além disso, o processo não é patenteado”, conclui.

Se vai mesmo valer a pena aderir à irradiação é uma questão que dependerá dos objetivos e da escala do empreendimento de cada produtor. Atualmente, é possível comprar barris de carvalho usados com capacidade de 200 litros por cerca de R$ 400. De acordo com Batista, os recipientes não exigem praticamente nenhuma manutenção.

Caso o novo método de envelhecimento seja popularizado, o mais provável é que os produtores, em vez de adquirirem equipamentos próprios, enviem suas bebidas para empresas terceirizadas que prestem o serviço. Isso porque, segundo Arthur, o preço de um irradiador comercial está entre três e cinco milhões de dólares.

Fonte: UOL