sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Está de férias? Conheça um alambique

A gente já te disse que a melhor viagem para as suas férias é para algum alambique. A dica para esta época do ano é fazer um roteiro de lugares produtores de cachaça artesanal e viajar pelos aromas, sabores e histórias que a bebida pode trazer. 

Até mesmo para quem não quer ir longe, vale procurar pelos alambiques da região onde mora. 

Anote mais esta dica: matéria da Veja Rio que conta com um roteiro de viagem para quem está ou pretende visitar o Estado do Rio de Janeiro. 

Seja com esse mapa, com o seu próprio ou seguindo os alambiques da sua região, uma coisa é certa: sua viagem promete grandes descobertasaromas diferenciadossabores inusitados, momentos de alegria com a caninhabrindes de ano novo e muito mais! BOA VIAGEM, BOAS FESTAS E UM EXCELENTE 2013! 



A rota da cachaça

Alambiques do interior do estado se destacam pela produção artesanal da bebida, conquistam mercado e atraem visitantes

Ano após ano, milhares de viajantes embarcam rumo à França e à Itália para conhecer de perto algumas das vinícolas mais famosas do mundo. Aliando o passeio por belas paisagens à cultura da região, o enoturismo começa a fazer escola por aqui. Só que, no lugar dos vinhos, o que move os turistas pelo interior do estado do Rio é a cachaça. Com setenta produtores cadastrados, a rota em torno da caninha reúne propriedades localizadas de norte a sul do nosso mapa. Encravados na costa verde, no litoral oeste, estão alguns dos alambiques mais antigos do país, um deles com mais de 200 anos de atividade. Já na região do Vale do Café, no sul fluminense, municípios como Valença, Rio das Flores e Miguel Pereira abrigam engenhos responsáveis por marcas premiadas que, assim como os bons tintos, passam anos em barris de carvalho para envelhecer. O mesmo acontece em Nova Friburgo, com a tradicional Nega Fulô, e no extremo norte, com a novata São Miguel, fabricada há apenas três anos. "A cachaça deixou de ser marginalizada para ganhar status de bebida nobre, instigando as pessoas a provar novos rótulos e conhecer mais a fundo origens e características", afirma Kátia Espírito Santo, presidente da Associação dos Produtores do Estado do Rio de Janeiro. 

Enquanto outros Estados se destacam pela produção industrial da bebida, o Rio ganha mercado com as versões artesanais, título dado aos exemplares elaborados sem aditivos químicos, extraídos em pequenas propriedades de administração familiar. É o caso da cachaça Maria Izabel, elaborada em uma região conhecida como Corumbê, próximo a Parati. Em um modesto sítio, de apenas 3 hectares, a produtora que deu seu nome à marca planta e colhe a cana-de-açúcar e comanda todo o processamento da bebida, feita com a receita criada pelo seu trisavô e passada de geração em geração. Tudo à disposição dos curiosos, que podem fazer uma visita guiada pela área rural, com os alambiques de cobre, os tonéis de jequitibá e carvalho, e ainda provar os diferentes sabores. Uma das cachaças, de tonalidade azulada, graças às folhas de tangerina misturadas durante a destilação, é feita em pequenas quantidades e, por isso, servida apenas no local.

Atento ao filão turístico, Haroldo Carneiro da Silva, da cachaçaria São Miguel, investiu em uma recepção à altura para contar a história da aguardente, que remonta à época da colonização portuguesa, quando o cultivo da cana-de-açúcar deslanchou como a principal atividade extrativista do país. Em Quissamã, ele construiu uma torre de tijolos idêntica àquela que havia no engenho central da cidade, já desativado. Depois, montou uma peça de teatro sobre a trajetória da região, que desde a primeira metade do século XVII mantém forte tradição na produção canavieira. O programa só termina depois do almoço, com pratos e sobremesas típicos e a degustação dos rótulos fabricados na propriedade. Como manda o decreto que regula a bebida, todos eles têm graduação alcoólica elevada, entre 38% e 48%. "Desde que assumi o engenho, que está na minha família há sete gerações, percebi que havia uma demanda por esse tipo de atração. As pessoas batiam na nossa porta pedindo para entrar e decidimos nos preparar para recebê-las", afirma o empresário.

Recentemente promovida a Patrimônio Histórico Cultural do Estado do Rio, a cachaça também recebeu tratamento especial no mercado externo. Desde abril, graças ao acordo firmado entre o Brasil e os Estados Unidos, só o produto fabricado no nosso país poderá ser comercializado com esse nome na terra de Obama. A medida significará um aumento expressivo nas exportações e ajudará a posicionar a branquinha na rota do turismo internacional, assim como aconteceu com os champanhes franceses e os brunellos italianos, quando passaram a contar com o selo de denominação de origem, criado pelos seus respectivos governos. Para abrigar o legado da aguardente, a terceira bebida destilada mais consumida no mundo e a primeira por aqui, está sendo projetado o Museu Brasileiro da Cachaça. Com previsão de ser instalado no interior do estado, o local pretende aproximar o público de um artigo genuinamente nacional. O que não falta são histórias para contar e rótulos para beber.


Fonte: Veja Rio

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O peru e a cachaça!

“Passou a semana toda falando no peru. Na sexta-feira, anunciou que havia comprado o peru. No sábado, que o peru já estava bebendo cachaça e que seria executado à tarde” 
Nestor de Holanda, Telha de Vidro, Brasil Editora, 1967.


Não se sabe se dar cachaça ao peru para melhorar a carne é mito ou verdade. Alguns entusiastas da prática dizem que esse é sucesso da ceia! Contam que é graças à cachaça que a ave morre alegre e descontraída, garantindo a maciez e sabor de sua carne.

Independente de crenças populares, uma coisa é fato: cachaça combina com bons pratos. Seja na hora de cozinhar ou na harmonização de diferentes tipos de prato com a caninha. Cada região do país tem seus costumes e tradições, mas o que sempre dá certo é a bebida para abrir e fechar as refeições pra lá de brasileiras como a feijoada, tutu, carne-de-sol, feijão tropeiro, acarajé, entre tantas outras. Só de falar já dá aquela vontade!

Do requintado até o prato mais simples, a cachaça pode ser um importante ingrediente, basta usar a criatividade, inovar, experimentar! Em pratos flambados, por exemplo, ao invés de usar o conhaque, por que não a cachaça? Com certeza ela trará um sabor diferenciado às suas criações.

Vale lembrar que a qualidade da bebida também vai influenciar. Experimente as envelhecidas em diferentes tipos de madeira e descubra a que mais combina com sua comida!

Leva essa dica para a sua ceia e garanta o sucesso deste Natal. Confira receita de Peru com cachaça!


Peru dourado na cachaça com farofa verde e amarela 


Peru e molho
1 peru inteiro de uns 4 kg (se quiser, reserve os miúdos, picadinhos, para o preparo da farofa)
100 g de manteiga
1/4 de maço de salsinha e de cebolinha verde picadas
2 folhas de louro
2 limões lavados e cortados ao meio
8 dentes de alho 
1 litro de cachaça
Sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto
Óleo de oliva para untar a assadeira e pincelar o peru


Farofa
1 concha da gordura da assadeira do peru
1 xícara (chá) do molho da assadeira do peru
25 g de manteiga
1 cebola grande em cubinhos
1 xícara (chá) de azeitona verde em lascas
2 xícaras (chá) de milho verde bem macio em conserva
4 xícaras (chá) de farinha de mandioca crua
1 xícara (chá) de salsinha e cebolinha verde bem picadas
2 ovos cozidos bem picados
Sal a gosto


Peru e molho 
1. Com cuidado, solte e levante a pele do peito e das coxas do peru, espalhe a manteiga diretamente sobre a carne, polvilhe com sal e pimenta, distribua metade das folhas de salsinha e metade da cebolinha sobre as partes mais carnudas e volte com a pele para o lugar. 

2. Polvilhe a cavidade do peru com mais sal e pimenta, coloque as folhas de louro, o restante da salsinha e da cebolinha, as metades dos limões e os dentes de alho.

3. Disponha o peru no centro de uma assadeira grande untada com óleo de oliva e regue-o com 3/4 da cachaça. Cubra tudo com papelalumínio e leve ao forno preaquecido em temperatura média (180°C), por aproximadamente três horas, banhando o peru de vez em quando com o líquido que vai se formando na assadeira.

4. Descarte o papel-alumínio, aumente a temperatura do forno para alta (220ºC), pincele o peru com óleo de oliva e volte com ele ao forno, por cerca de 40 minutos, até que fique bem dourado e macio (teste o cozimento verificando se a coxa se movimenta com facilidade e espetando a parte mais carnuda com um garfo para ver se os sucos sobem claros). Retire então o peru do forno e passe-o para uma travessa de servir.

5. Transfira uma concha da gordura da assadeira para uma panela grande, onde será feita a farofa.
6. Para o molho, despeje a cachaça restante na assadeira e raspe o fundo com uma colher de pau. Leve a assadeira ao fogo e deixe ferver por alguns minutos. Coe o molho, descartando a gordura excedente e ajuste o sal e a pimenta. Transfira uma xícara do molho para a panela onde será feita a farofa, reservando o molho que sobrou para servir com o peru. 


Farofa 
7. Leve ao fogo a gordura e o molho que estão na panela, junte a manteiga e espere se derreter, acrescente a cebola e deixe dourar. Se quiser, coloque os miúdos do peru e misture bem. Adicione a azeitona, o milho, deixe mais um tempo no fogo para os miúdos cozinharem e acrescente a farinha aos poucos, misturando até umedecer. Junte a salsinha, a cebolinha verde, os ovos e ajuste o sal. 

Finalização 
8. Sirva o peru na travessa, com a farofa e o molho quente. 

Receita: Revista Gosto

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Cadeia da cachaça terá manual de boas práticas de produção

Muita gente sabe que nossa bebida é exportada para diversos países e é cada vez mais valorizada em todo o mundo, seja para degustação pura, em drinks ou na culinária.

Ao lado do aumento do número de litros exportados a cada ano, deve crescer também a padronização e legitimação da cachaça no Brasil. Apesar de já ter ganho status de bebida de classe, diversas vezes ainda esbarra no preconceito dentro de nosso país.

Mais uma vitória para a bebida acaba de ser anunciada: um manual de boas práticas para a produção que será lançado em 2013. Confira texto divulgado pelo Ministério da Agricultura e veja nosso vídeo sobre a produção da cachaça! 





Cadeia da cachaça terá manual de boas práticas de produção 

Trabalho é coordenado pelo Sebrae, com o apoio dos representantes do setor das diferentes regiões produtoras do País 

O mercado brasileiro de cachaça mantém o ritmo de crescimento constante dos últimos anos e para avançar na qualidade do produto, genuinamente nacional, o setor lançará em 2013, o manual de boas práticas da cachaça. O material, que está em fase de construção, foi um dos principais assuntos discutidos na 35ª Reunião da Cadeia Produtiva da Cachaça, realizada na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), na manhã desta quarta-feira, dia 12. 

Representantes do setor discutiram ainda propostas e medidas que auxiliem no desenvolvimento do segmento, um dos que mais emprega e gera renda no País. Hoje, a cadeia emprega mais de 120 mil pessoas, direta e indiretamente, para a produção de cerca de 900 milhões de litros de cachaça por ano. A maior parte do que é produzido no Brasil tem como destino o mercado doméstico.

Os produtores estão empenhados na melhoria da qualidade do produto para impulsionar ainda mais o setor e garantir maior competitividade no mercado internacional e, para tanto, aguardam o resultado do programa de monitoramento, onde foram coletadas amostras do produto. O objetivo desta ação é verificar a qualidade da produção para poder promover a maior inserção da bebida nos mercados, valorizando o produto também no exterior.

Na pauta do encontro, foram discutidas ainda a Instrução Normativa (IN) que trata do Envelhecimento do produto, o reconhecimento da cachaça nos Estados Unidos, entre outras questões relativas ao Mercosul. A proposta para o retorno da cachaça ao Simples Nacional, programa que unifica impostos e concede benefícios a micro e pequenos empresários, foi um dos destaques da pauta da última reunião anual da Câmara Setorial da Cachaça.

Para o setor, trazer a cachaça para o Simples irá ajudar no processo de formalidade e garantir um produto apto para consumo, além de aumentar a base de arrecadação.


quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Centenário de Luiz Gonzaga

No dia 13 de dezembro de 1912, uma sexta-feira, nascia em Exu (PE) um dos maiores brasileiros de todos os tempos: Luiz Gonzaga Nascimento.

Já aos oito anos de idade, já demonstrava a aptidão para a música quando substituiu um sanfoneiro em uma tradicional festa de sua cidade. Foi a partir daí que vários convites surgiram e o artista foi ganhando fama em sua região.

Luiz Gonzaga faleceu em 1989 e foi o grande responsável por popularizar o forró, o baião e outros ritmos nordestinos pelo Brasil. Para o ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil, o Rei do Baião foi o primeiro representante significativo "do ponto de vista da cultura de massas no Brasil".

É pela sua importância que o Clube deixa aqui sua homenagem ao artista, que completaria 100 anos hoje. 




Na última sexta-feira, dia 07 de dezembro, o Diário de Pernambuco preparou uma reportagem sobre os sabores apreciados pelo sanfoneiro. No final da reportagem o destaque foi para a cachaça. 

Confira as imagens do jornal e o texto, que coloca nossa parceira Sanhaçu como um dos sabores que o Luiz Gonzaga apreciaria. 



A branquinha não pode faltar

Embora não bebesse muito, Luiz Gonzaga não abria mão de uma “branquinha” antes do almoço. Dizia que era para abrir o apetite. Todos os dias, religiosamente, repetia o ritual. Sua preferida era a Mucuri, que não é mais fabricada. Passava o limão na borda do copo, batia um pouco e depois adicionava dois dedinhos de cachaça. Hoje, caso o Rei do Baião estivesse vivo, quais seriam as cachaças que mais lhe agradariam? O Gastrô selecionou rótulos reconhecidos nacionalmente para aguçar a sua curiosidade.

Serviço
Cachaçaria Minha Deusa
Endereço: largo da Encruzilhada, Box 141, 142
Funcionamento: de segunda a sexta-feira, de 6h30 às 17h/ Sábado até às 18h, e domingo até às 12h


1) SANHAÇU

Produzida em Chã Grande, Zona da Mata de Pernambuco, o rótulo fica armazenado por dois anos em toneis de freijó, uma madeira da Amazônia que não transmite cor ao produto. Curiosamente, a fermentação é realizada ao som de música clássica. R$ 35 (600ml) 40% graduação alcoólica.

2) CARVALHEIRA

Fruto de uma árvore originária da Península Ibérica da qual se constroem os melhores barris e toneis para o envelhecimento de destilados, o rótulo passa por um processo de envelhecimento em barris de carvalho, recebendo uma dose de extrato natural de canela. R$ 30 (700ml) 38% graduação alcoólica

3) ANÍSIO SANTIAGO

Homônima ao precursor da cachaça de Salinas como negócio, Anísio é considerada um mito entre os admiradores da “branquinha” . Envelhecida por cerca de 10 anos na madeira bálsamo, típica em Salinas (MG), o rótulo tem gosto e sabor peculiares. R$650 (600ml) 45% graduação alcoólica

4) GERMANA

Em pesquisa, os irmãos produtores identificaram que a palavra germana designa algo sem mistura, puro, genuíno, consolidando o nome da bebida, produzida em Nova União (MG). Envelhecida por dois anos em carvalho, o rótulo tem o tipo de fermento pé-de-cuba. É produzida em alambique. R$ 60 (600ml ) Graduação alcoólica 40%

5 ) SELETA

Uma das marcas artesanais mais vendidas no país, a cachaça é armazenada em barris de umburana (Salinas – MG), planta conhecida por suas características curativas e digestivas, o que lhe confere uma grande suavidade e sabor potente que a tornam perfeita como digestivo. R$ 35 (670ml), 40% graduação alcoólica

5) CANARINHA

Produzida em Salinas (MG), a bebida é envelhecida em toneis de bálsamo, por três anos, e engarrafada em vidro escuro com tampa de metal. Possui aroma forte e apimentado, o que não a deixa menos intensa e persistente no nariz. R$ 120 (600ml) , 44% graduação alcoólica


terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Receita de Lombo Flambado na Cachaça

Criatividade é uma coisa fundamental. Na hora de cozinhar não é diferente. Mesmo quem não tem curso de culinária ou muito tempo de prática, consegue preparar pratos simples e caprichados quando se tem criatividade e dedicação!

Sabe de outra coisa na cozinha? Muitas vezes menos é mais. Simplicidade e amor ao que se faz são os ingredientes básicos para se fazer um prato diferente e delicioso.

Lombo suíno, cachaça, suco de laranja e temperos básicos são suficientes para que a grande Chef Elzinha Nunes prepare um prato de dar água na boca. Confira no vídeo e mãos à obra!


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