quinta-feira, 5 de abril de 2012

Por uma valorização da nossa bebida brasileiríssima!



Em 1952, o folclorista Luís da Câmara Cascudo (1898-1986) publicou O Prelúdio da Cachaça, provavelmente o primeiro documento histórico sobre o destilado nacional. O texto já levantava questões que até hoje merecem atenção, como a estreita relação da bebida com a origem e costumes do povo e da cultura nacional e sobre a falta de nomenclatura e padronização.

Mais de meio século e os problemas ainda persistem. A bebida genuinamente brasileira ainda carece de padronização e legislação adequada. Nosso produto ainda não é protegido por leis como acontece com o whisky, o champanhe e a tequila. Isso só para ficar em três exemplos, também relacionados aos seus países de origem.

Para se ter uma ideia, os produtores da bebida nacional são obrigados a colocar a inscrição “Braziliam Rum” no rótulo de cachaças exportadas para os EUA. Vale lembrar que o rum também é feito da cana, mas com diferenças no preparo e sabor.

É claro que há órgãos, como o Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), que busca aliar produtores, comerciantes e outras entidades para juntos exigirem e pensarem em formas de defesa do produto nacional, agregando cada vez mais valor à nossa cachaça.

Aliado a esse esforço setorial, outra dificuldade a ser transposta é a mentalidade de muitos brasileiros, que ainda veem a cachaça como um produto de baixa qualidade. Ou ainda não a reconhecem como motivo de orgulho nacional.
Está na hora de mudar, de valorizar nosso produto!

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