quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Confraria Feminina da Cachaça no Blog Brasil no Copo


O Blog Brasil no Copo já virou sinônimo de informação de qualidade quando se fala em cachaça. E não é que ele esteve em nossa última Confraria e escreveu um delicioso texto sobre o encontro?!

O Clube adverte: pegue uma cachacinha selecionada e se delicie com o excelente post do Brasil no Copo! Aproveite e conheça o site acessando post original - http://goo.gl/e8NpKT



UM BOM BAR, MUITOS AMIGOS E ÓTIMA CACHAÇA! ASSIM SE FAZ UMA CONFRARIA...



Manoel Agostinho, especialista em cachaça, autor do livro "Viagem ao Mundo da Cachaça" e dono do site www.omundodacachaca.com.br, chegou cedo ao bar do Elídio. Junto com ele também chegou Luis Claudio Fernandes, apreciador e conhecedor da cachaça, ele administra a página do GEDEC, grupo que ele mesmo criou para reunir apreciadores e especialistas na mais brasileira das bebidas. Ainda faltavam as irmãs Ariana Souza e Anita Flávia, que ao lado de Ana Lúcia Souza, fundaram o Clube do Alambique. Pronto chegaram. Começa então a sexta edição da Confraria Feminina da Cachaça, promovida pelo Clube.

O evento ocorre no Elidio Bar, da Moóca, na zona leste de São Paulo. Em uma noite agradável, os participantes foram convidados para uma experiência sensorial capaz de fazer toda a diferença no modo de ver, pensar e degustar a cachaça. Para quem esperava uma garrafa na mesa e um copo a ser preenchido, uma surpresa. Antes do gosto da cana, que tal saber onde cada sabor da cachaça é sentido no paladar?

Luis Claudio Fernandes dá o início. Ele prepara um chá mate sem açúcar. Ariana distribuiu entre os participantes. Pronto. O amargo já está na língua de quem está nas mesas. A experiência sensorial diz que este amargo será sentido com mais intensidade na parte final da língua. Em seguida é distribuído açúcar, que é espalhado na boca. Que tal misturar a isso a bana verde? Pronto. A ideia é mostrar como a adstringência age em todo processo. Garçom de novo nas mesas. O que ela traz? Limão. Sim. Hora de sentir o azedo. Próximo: sal e para que todos tenham a sensação de acidez, é servida maçã verde. Por fim, a sensação de picância. Vem aí, pimenta biquinha (nem arde muito).

Depois de tanta experiência, haja ansiedade. Aí vem as estrelas da festa. Na Confraria serão servidas as cachaças Coração de Minas, com 38% de volume alcoólico e armazenada em Jequitibá. Produzida em Carmo do Rio Claro, em Minas Gerais. A cachaça também compareceu na versão ouro, também com 38% e armazenada em carvalho. Para completar a festa, tem a Matinhos, do estado do Rio de Janeiro, também com baixa graduação alcoólica: 39%.

Enquanto degustam, os apreciadores são submersos em experiências interessantes, como tomar a cachaça, mastigando uma e chocolate ao mesmo tempo. Nas mesas, a expressões são de espanto e satisfação. E para acompanhar tudo isso? Bom, estamos no Elídio Bar., no bairro da Moócca, um dos redutos mais boêmios de São Paulo. De origem italiana, não poderia faltar às mesas um espetáculo de petiscos. Para a confraria foram separadas saladas especiais e uma deliciosa linguiça calabresa flambada, claro, na cachaça.

Entre um gole e outro, o Brasil no Copo conversou com Celeste Raimondi. Uma das herdeiras do legado de Elidio Raimondi, o homem que por 53 anos se dedicou ao comércio, até sua morte, no ano passado. Ao longo de décadas colecionou nas paredes, fotos de jogadores de todas as épocas. Sim, Elídio era apaixonado pelo futebol. Mais ainda pelo Palmeiras, a quem tantas vezes viu levantando canecos e comemorando títulos no reduto. Mais precisamente lá no bar. "Ele ajudava eles todos". Conta Ovadia Saadia, relações públicas do Elidio Bar, olhando atentamente para as fotos na parede.

"Nós crescemos dentro do bar", afirma Celeste lembrando o começo difícil, em que a família chegava a dormir no estabelecimento. Mesmo adolescentes ajudávamos na feijoada. Aos sábados o movimento era ainda maior. O tempo passou e a garotinha que ajudava com as enormes panelas de feijão fervilhando no fogão, se formou em comunicação visual, mas assumiu o bar. Do andar de cima, ela mostra o balcão de acepipes. Era uma paixão do meu pai. Hoje temos mais de 120 petiscos no balcão. O cliente pode se servir do que escolher. Depois é só pagar pelo prato. Há muitas especiarias no cardápio, mas nada tão tradicional quanto a feijoada.

E a cachaça? Bom, a cachaça está lá no cardápio. Com preços que variam de R$ 5,00 a R$ 16,00 a dose. Preços justos. Além de colocar informações básicas, Celeste afirma que passou a incentivar os garçons a oferecerem a cachaça quando a pedida é a caipirinha. E qual o legado ela segue? "Trabalho, bom atendimento e ensinamento. Hoje, se estamos aqui, foi porque ele montou tudo isso", afirma Celeste.

Do outro lado do bar, o movimento diminui. As conversas também. Hora de encerrar a confraria a 6ª Confraria Feminina. Ah, claro, esperar pela próxima. Que seja num ambiente tão agradável como este. Aliás, poderia ser aqui mesmo!!!


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